out 2016
Por:Silvana Leal
Notícias
Com a evolução das smart TVs, as fabricantes se desdobram em oferecer diferentes tecnologias para produzir imagens cada vez mais incríveis. Neste contexto, a tecnologia mais badalada do momento é o HDR.
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A sigla HDR significa, em inglês, High Dynamic Range ou, em português, Alto Alcance Dinâmico. No mundo da fotografia o termo passou a denominar, em linhas (muito) gerais, os diferentes níveis de iluminação que uma câmera fotográfica é capaz de capturar.
O uso dessa técnica técnica foi desenvolvido na década de 1940 por Charles Wyckoff, para fotografar detalhadamente explosões nucleares. Com a ascensão da fotografia digital e softwares que facilitam a criação de imagens com grande alcance dinâmico, a técnica se popularizou.
Os olhos humanos têm um alto alcance dinâmico porque conseguimos ver, com detalhes, um cenário com quantidades de luz de diferentes intensidades. Já a câmera fotográfica, por maior que seja o alcance dinâmico, tem seus limites físicos.
Para aumentar a capacidade das câmeras fotográficas, foi desenvolvida a tecnologia HDR, que consiste (basicamente) na captura de um mesmo cenário em fotos com diferentes níveis de iluminação.
Após essa etapa, um programa de edição de imagens sobrepõem-se as fotos, criando uma outra imagem, que possui detalhes em diversos pontos e muita informação de luminosidade, permitindo que detalhes e nuances que poderiam passar despercebidos em uma foto sejam expostos.
Nas smart TVs, o uso da tecnologia HDR é um pouco diferente. Em primeiro lugar, os escuros da imagem ficarão mais escuros, enquanto os iluminados serão ainda mais destacados. Dessa forma, as cores se tornam mais vivas e presentes, com tons respeitados e maior destaque na composição.
O resultado final é uma qualidade no que se vê. Na prática, contar com o HDR em um aparelho pode ser mais significativo na experiência do usuário, do que ter uma TV com maior definição (4K, por exemplo).
O HDR faz tudo isso ao aumentar duas variáveis na TV: a taxa de contraste e a precisão na reprodução das cores. Entenda:
O contraste é um dos fatores mais importantes para se obter uma boa imagem. Numa TV HDR, ele irá determinar as diferenças entre o claro e o escuro, sendo que quanto maior a diferença maior será a taxa de contraste. Dessa forma, há dois elementos fundamentais aqui:
Outro elemento fundamental diz respeito às cores. Uma TV com HDR processa o padrão 10 bits de cores. Na prática, isso significa que o aparelho é capaz de reconhecer até 1 bilhão de cores diferentes, reduzindo gradações óbvias de tons e produzindo imagens mais realistas. Para se ter uma ideia, o padrão de cores 8 bits presente no BluRay tradicional, o torna capaz de reconhecer “apenas” 16 milhões de cores.
Além disso, uma TV com HDR precisa produzir essa visualização no padrão conhecido como DCI-P3. O padrão se refere ao alcance de cores que a imagem é capaz de reproduzir. Os aparelhos convencionais, seguem o padrão Rec. 709, que abrange uma quantidade de cores inferior ao P3.
Vale a pena então ficar atento se a sua próxima Smart TV tem tela com tecnologia HDR. Os escuros da imagem ficarão mais escuros, enquanto os iluminados serão ainda mais destacados. E as cores se tornam mais vivas e presentes. A presença do HDR pode ser mais significativa na experiência do usuário, do que ter uma TV com maior definição (4K, por exemplo).
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