Aurora – O computador que faz um quintilhão de contas por segundo

22

mar 2019

Por:Henrique Guimarães
Dicas | Notícias

EUA anunciam supermáquina, com desempenho “exascala”. Investimento de US$ 500 milhões mira disputa com a China.

O supercomputador Aurora está programado para ser entregue ao Laboratório Nacional de Argonne em 2021 Foto: New York Times

O Departamento de Energia dos Estados Unidos divulgou detalhes nesta segunda-feira sobre um dos computadores mais caros que estão sendo construídos: uma máquina de US$ 500 milhões, tendo como base a tecnologia das empresas de tecnologia Intel e Cray. Este equipamento pode se tornar crucial em uma disputa tecnológica entre Washinfton e Pequim.

O supercomputador, chamado Aurora, é uma reorganização de um esforço de desenvolvimento anunciado pela primeira vez em 2015, e que deve ser entregue ao Argonne National Laboratory (um dos maiores e mais antigos laboratórios de pesquisa científica do Departamento de Energia dos EUA) em 2021. Funcionários do laboratório preveem que será a primeira máquina americana a alcançar um marco chamado “exascale”, superando um quintilhão de cálculos por segundo.

Um quintilhão é um número com nada menos do que 18 dígitos. O recorde é aproximadamente sete vezes a taxa de velocidade do sistema mais poderoso construído até hoje, ou mil vezes mais rápido do que os primeiros sistemas “petascale” que começaram a chegar em 2008. A expectativa é de que as novas máquinas permitam aos pesquisadores criar simulações significativamente mais precisas de fenômenos como respostas a drogas, mudanças climáticas, o funcionamento interno de motores de combustão e painéis solares.

Os supercomputadores, que desempenham um papel importante em tarefas como design de armas e quebra de código, têm sido considerados como um servidor para a competitividade nacional em ciência e tecnologia. Os Estados Unidos lideraram o campo por décadas, mas a China se tornou um rival agressivo.

Um sistema da IBM chamado Summit, construído para o Laboratório Nacional de Oak Ridge, no estado do Tennessee, retomou no ano passado a posição número 1 em um ranking semestral dos 500 sistemas mais poderosos do mundo – um lugar mantido pela China por cinco anos. Mas o país asiático lidera por outra medida importante: Pequim foi responsável por 227 sistemas na lista dos 500 principais, em comparação com 109 dos Estados Unidos.

Aurora – que também é projetado para explorar novos avanços no campo da inteligência artificial – pode não quebrar a barreira da nova velocidade primeiro. Jack Dongarra, um cientista da computação da Universidade do Tennessee que monitora os desenvolvimentos globais, está acompanhando os planos para três sistemas na China que devem ser entregues em 2020 com desempenho “exascale”.

As velocidades dos supercomputadores geralmente não são muito discutidas até que as máquinas executem testes de desempenho padrão. Mas as apostas associadas à mudança para os sistemas de “exascale” e suas enormes etiquetas de preço atraíram uma atenção fora do comum. O secretário de energia americano, Rick Perry, que participou do evento que discutiu o projeto Aurora, anunciou um plano no ano passado para gastar até US$ 1,8 bilhão em dois ou três sistemas de “exascale”.

Aurora, que excede em muito o preço de US$ 200 milhões da Summit, representa um contrato governamental recorde para a Intel e um teste de sua contínua liderança em supercomputadores. Os processadores populares do gigante do Vale do Silício alimentam a maioria dessas máquinas. Mas os chips aceleradores adicionais são considerados essenciais para alcançar as mais altas velocidades, e sua rival Nvidia construiu um considerável chip adaptável de negócios, usado pela primeira vez com videogames para uso em supercomputadores.

A versão do Aurora, anunciada em 2015, foi baseada em um chip acelerador da Intel que a empresa posteriormente descontinuou. Um plano revisado para buscar metas de desempenho mais ambiciosas foi anunciado dois anos depois.

Os recursos discutidos nesta segunda incluem os chips aceleradores Intel inéditos, uma versão de seu processador Xeon padrão, nova tecnologia de memória e comunicação e um design que empacota os chips uns sobre os outros para economizar espaço e energia.

Via: oglobo

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